Mestrado em Arquitetura - Regeneração Urbana

O Mestrado em Arquitectura - Regeneração Urbana, no cumprimento dos objectivos de aprendizagem qualificantes da turma LM-4, visa responder à necessidade de um novo perfil de Arquitecto, totalmente integrado no contexto europeu, com referência cultural, profissional, e elementos formais. Os temas da Regeneração Urbana desempenham, sem dúvida, um papel central neste contexto, tal como destacado na Agenda Urbana Europeia e Internacional, bem como, mais recentemente, na ainda emergente Agenda Urbana Nacional.

Esses Arquitetos são treinados para investigar, configurar e desenvolver processos de regeneração urbana; serão dedicados ao projeto como pesquisa e como processo de experimentação constante; e serão capazes de dar respostas adequadas aos processos de regeneração da cidade contemporânea, a todas as escalas e de forma integrada, lidando com a complexidade de forma a dotar o projeto da cidade contemporânea e da arquitetura com perspetivas de igualdade social, bem- o ser e a inclusão, a qualidade ecológica, a sustentabilidade histórico-ambiental e o uso efetivo dos recursos.

Os arquitectos terão competências de design, técnicas e tecnológicas para, por um lado, gerir fenómenos críticos e intervir em territórios altamente caracterizados pela estratificação e fragilidade de diferentes componentes, como é frequente nas cidades italianas; e, por outro lado, responder aos planos de ação e orientações estratégicas do contexto europeu e da Agenda Urbana.

O Mestrado tem currículo único, e as atividades formativas estão dispostas em atividades caracterizantes e correlatas ou integradoras.

As atividades de caracterização dizem respeito às áreas disciplinares de Planeamento Urbano e Territorial, Tecnologia de Arquitetura e Construção de Edifícios, Arquitetura e Desenho Urbano, Análise de Arquitetura e Planeamento Estrutural, História da Arquitetura, Valoração para Arquitetura e Desenho Urbano, Representação de Arquitetura e Ambiente, Teorias e Técnicas de Conservação, Técnico-Física e Projeto de Plantas e Disciplinas de Instalação para Arquitetura, Disciplinas Econômicas, Sociais e Jurídicas para Arquitetura.

As atividades relacionadas ou integradoras visam proporcionar conhecimentos práticos adicionais nas áreas de Tecnologia de Arquitetura ICAR/12, Desenho Industrial ICAR/13, Desenho ICAR/17, Técnicas e Planeamento Urbano ICAR/20, Desenho Urbano ICAR/21, Botânica Ambiental e Aplicada BIO /03 e Ecologia BIO/07, Geotecnia ICAR/07, Economia aplicada SECS‐P/06, Administração de Empresas SECSP/07, Sociologia do Ambiente e da Terra SPS/10.
Os alunos podem personalizar sua educação e treinamento por meio de unidades eletivas e do exame final.

O programa gira em torno da experiência do projeto, entendida como uma dimensão experimental nas suas vertentes teórica e operativa. Está articulado em Estúdios Monodisciplinares, Estúdios Integrados e Unidades Monodisciplinares.
O desenvolvimento de competências de design é conseguido no âmbito dos Estúdios, estruturas de aprendizagem experimental, de carácter prático e orientado para o design. Estes reproduzem a complexidade dos processos de regeneração urbana e formam os alunos na perspectiva do trabalho interdisciplinar.

Primeiro ano

Primeiro semestre

• Estúdio de planejamento urbano e governança fundiária
• Engenharia estrutural para regeneração urbana
• História, investigação e métodos de pesquisa para a cidade

Segundo semestre

• Estúdio de design tecnológico ambiental
• Estúdio de design e representação

Segundo ano

Primeiro semestre

• Atelier de projetos de arquitetura para reabilitação urbana
• Métodos de valoração económica para regeneração urbana
• Estúdio de design de conservação para regeneração urbana

Segundo semestre

• Estúdio de Design Urbano para regeneração
• Estúdio de design tecnológico ambiental para regeneração e sustentabilidade
• Estágio - workshop - conhecimentos de informática
• Teste final

O grau de Mestre será atribuído a estudantes que tenham desenvolvido elevadas capacidades de aprendizagem autónoma, que lhes permitam atualizar e melhorar regularmente os seus conhecimentos e competências, identificar percursos de estudo autónomos, bem como o acesso a cursos de pós-graduação e de alta formação (mestrado, doutoramento, ou Escolas de Especialização) de autoformação e autoaperfeiçoamento. A aquisição destas competências ocorre, por um lado, no âmbito do programa, através da frequência de aulas caracterizadas por uma abordagem crítica do conhecimento, centrada na aquisição de corpus disciplinar autónomo; por outro lado, encontram aplicação em Estúdios, no contexto de experiências práticas de planeamento. Por fim, são desenvolvidos através de contribuições específicas, que visam ampliar as competências dos alunos, para acesso a metodologias, instrumentos e aplicações inovadoras.

Além disso, a utilização de Laboratórios especializados do Departamento e Faculdade do PDTA (Laboratório Photomedialab, Laboratório Fábrica, Laboratório Progetto Roma Cesma, etc.) pode integrar ainda mais os estudos, juntamente com a utilização das Bibliotecas Departamentais, Faculdade e Bibliotecas europeias, exposições, etc.

A avaliação de competências realizar-se-á maioritariamente através de exames, organizados de forma a evidenciar a capacidade do aluno em organizar os conhecimentos adquiridos de forma autónoma.

O Sistema Académico escolhido permite aos alunos determinar uma orientação na sua formação, convergente para uma base interdisciplinar comum em que as teorias, as técnicas, as disciplinas histórico-críticas, as ciências humanas (económicas e sociais) e as ciências naturais, desempenham um papel relevante, na o exercício do planejamento arquitetônico, urbanístico, tecnológico, conservacionista e paisagístico, nas mais diversas escalas. As competências adquiridas serão monitorizadas constantemente, tanto durante as aulas e estúdios como na elaboração do exame final.

Em conformidade com os objectivos da classe LM4 e da Directiva Europeia Arquitectos 85/384/CEE, os licenciados podem trabalhar em consultórios privados, em instituições privadas e públicas, no sector produtivo da construção civil, tanto no que respeita à construção nova, ao restauro, à conservação. , e relativamente à nova complexidade da intervenção na cidade existente, do ponto de vista urbano, tecnológico, arquitetónico e de conservação, no âmbito das estratégias mais amplas de regeneração urbana.

Os graduados podem:

• Desempenhar funções de alta responsabilidade principalmente em instituições públicas que operam nas áreas de regeneração urbana, ambiental, de terras e cidades, meio ambiente, arquitetura, construção e patrimônio cultural
• Trabalhar em planeamento e projeto urbano e arquitetónico, conservação e requalificação do património arquitetónico e urbano, planeamento e restauro sustentável do património arquitetónico e urbano, no que diz respeito à cidade contemporânea e a todas as atividades incluídas nas políticas de governação fundiária.
• Desempenhar funções de coordenação e trabalhar como Líder de Projeto em equipas de planeamento multidisciplinares, atuando nos domínios das estratégias de regeneração urbana, a nível Internacional e Nacional.
• Desempenhar funções de responsabilidade nas estruturas descentralizadas de missão do Estado, na coordenação dos processos de reconstrução e desenvolvimento dos territórios atingidos por calamidades; dentro de estruturas que monitorizam os sistemas ambientais e o património cultural; dentro de estruturas que ativam o financiamento para a regeneração urbana; nas comissões de investigação, estudo e investigação que trabalham nos temas da periferia, da edificação e da requalificação do património cultural.

Depois de receber o prémio, os licenciados podem realizar o exame de licenciamento para o exercício da profissão de arquiteto e inscrever-se na Ordem na categoria “sénior”.

As Seções às quais os graduados podem acessar são as estabelecidas pelo Sistema Acadêmico vigente: arquitetura, design, paisagem e conservação.

O título permite ainda aos licenciados o acesso a Cursos Superiores (Doutoramentos, Mestrados de nível II, Escolas de Especialização).

Os licenciados que possuam um número suficiente de ECTS em grupos de sectores adequados podem candidatar-se, nos termos da legislação em vigor, a provas de ingresso à formação docente secundária.